O projeto também prevê um plano de ação local para mitigar e compensar os impactos causados ao meio ambiente
A
Prefeitura do Recife dá início, nesta terça-feira (25), ao projeto de
Gestão das Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Copa das
Confederações e da Copa do Mundo. A iniciativa prevê a realização de um
inventário dos poluentes gerados pelos torneios e de um plano de
mitigação para os impactos causados ao meio ambiente. Os detalhes do
começo dos trabalhos serão definidos durante uma reunião entre a
secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, e
o consultor do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marcelo Rocha, às 9h,
no auditório da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de
Pernambuco, localizado na Rua Madre de Deus, Bairro do Recife.
No
encontro, serão definidas as diretrizes gerais para que se faça a
“pegada de carbono” na cidade, primeira etapa do projeto de gestão de
GEE. A ação tem o objetivo de calcular a quantidade de CO2 produzida
pelos investimentos em infraestrutura e pelas atividades ligadas à
realização dos campeonatos. Serão estabelecidas, por exemplo, as fontes
de emissões a serem estudadas na Copa das Confederações: consumo de
combustíveis fósseis e renováveis (veículos oficiais, transporte
público); de energia elétrica (estádios e hotéis); de materiais nas
obras de infraestrutura; transporte aéreo; geração de resíduos sólidos;
entre outras.
O
inventário de Gases de Efeito Estufa será produzido por técnicos do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), através de uma
parceria da Prefeitura, Governo do Estado e MMA. Para se chegar ao
cálculo estimado desses poluentes, vai se usar como bases os dados
repassados pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do
Recife, conforme for definido neste encontro. “Vamos fechar os últimos
detalhes para começar o repasse de informações aos consultores. Trata-se
de um passo importante para garantir a sustentabilidade das Copas das
Confederações e do Mundo”, explicou Cida Pedrosa.
Com
a conclusão desses cálculos, será elaborado o plano de ação local para
diminuir e compensar os efeitos da promoção dos torneios deste ano e de
2014. O documento trará uma série de propostas a serem colocadas em
práticas pela Prefeitura do Recife e pelo Governo do Estado. Também
conterá um levantamento de potenciais parcerias com o setor privado,
além da definição de parâmetros e abordagem metodológica para
verificação independente de resultados do projeto.
Segundo
a secretária, o projeto de gestão deixará uma herança importante na
área ambiental: a expertise na promoção de grandes eventos sustentáveis e
a sensibilização dos participantes. “Além dos estudos e do plano de
ação, esse projeto prevê o repasse do conhecimento. Nossos técnicos
serão capacitados sobre o processo de realização de inventários de
carbono e de medidas de compensação. Isso nos qualificará para a
promoção de futuros eventos. Também acredito que as ações compensatórias
e mitigatórias vão incentivar uma mudança positiva no comportamento dos
participantes”, finalizou.
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