A região de Boa Viagem é considerada um verdadeiro berçário de tubarões
De junho de 1992 a dezembro de 2004, a média era de 3,5 ataques/ano.
De 2005 até hoje, a média ficou em 1,6 ataques/ano na região de Boa
Viagem. O Instituto de Ciência e Educação Ambiental da região considera
que os ataques foram reduzidos em 45,8%.
O ataque do último dia 22, com a turista Bruna Gobbi, de 18 anos, paralisou toda a região. Alguns comerciantes,
afirmaram que houve queda nas vendas e alguns turistas apenas se
conscientizaram da real existência do predador após o incidente, que foi
amplamente divulgado pela mídia.
Segundo o cientista e pesquisador Fábio Azin,
o ser humano não é uma presa comum para os tubarões. A mordida é
exploratória e serve para identificação. Após a primeira mordida, o
tubarão reconhece que não é comida habitual, e tende a largar a presa
logo em seguida. Questionado sobre o tipo de alimento que os tubarões
preferem, Fábio afirmou que raias, polvos e peixes menores são a comida
regular dos predadores.
Geólogos afirmam que não há uma solução mágica para acabar com os
tubarões em Boa Viagem, já que a região não é considerada de mar comum.
Boa Viagem é conhecida como uma área de um estuário
de rio ou mais especificamente como berçário de diversas espécies.
Algumas delas usam os rios como área para reprodução, assim como as
áreas de manguezais são utilizadas por toda a fauna, explica Richard Rasmussen, cientista biológico.
De acordo com relatório do oceanário de Pernambuco, realizado no
período de 04 de outubro a 31 de dezembro de 2012, as principais
espécies de tubarões que vivem na região de Boa Viagem são o lixa e o
raia prego, que representaram 24% e 20% da amostra analisada no período,
respectivamente.
Algumas campanhas
ambientais são realizadas para conscientização da população na região. A
orientação é que evitem o banho de mar, distantes da beira da praia;
não usem objetos metálicos, reluzentes ou estejam com ferimento na pele
ao entrar no mar..
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