domingo, 2 de novembro de 2014

A gestão tampão de Lyra

Por Sheila Borges, da coluna pinga-fogo, do Jornal do Commercio

Depois de ser rifado para encabeçar a majoritária da Frente Popular, de assumir o executivo em meio ao rompimento do PSB com o PT, de entrar sem entusiasmo na campanha e, mesmo assim, ter que partir para o fronte em função da reeleição da filha, a deputada Raquel Lyra,  parece que a gestão do governado João Lyra começou agora. Coincidência ou não, é hoje que ele volta ao comando do Poder Executivo após uma rápida viagem ao exterior. Por isso, a impressão é que o mandato dele, que já era “tampão”, ficou mais curto ainda.

João Lyra tem apenas dois meses para mostrar, para dentro e para fora do governo, a sua marca. Internamente tem encontrado dificuldades, pois a gestão está engessada financeiramente. Aos mais chegados, Lyra chegou a admitir que pensou em não assumir o cargo. Afinal, sabia que o atual governo não seria o dele, mas ainda de Eduardo Campos. O ex-governador deixou as metas administrativas e financeiras definidas. Da atual equipe, Lyra só tem na sua cota cinco auxiliares. Os demais rezam pela antiga cartilha. Tanto é assim que a rádio corredor do Palácio diz que parte do secretariado já bate continência a Paulo Câmara, o herdeiro de Eduardo.

Externamente, Lyra protagonizará algumas publicidades para se mostrar à população. Nesse contexto, fará um agendão em bloco e por região para inaugurar aproximadamente 600 obras. Tudo de forma tímida, assim como começou.

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