O mundo vive um momento de quebra de paradigmas. A
pandemia da Covid-19 tem sido comparada a uma guerra, e é dentro desta
categoria que Estados nacionais vêm reagindo ao desenhar políticas públicas
robustas para proteção da saúde e da renda das pessoas, e em um espectro maior
da economia, que diretamente afetada, será obrigada a se
reorganizar.
A ordem é gastar, ou melhor, investir para mitigar os efeitos da
pandemia. Organizações como Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial
têm defendido que os países realizem gastos massivos para reduzir os efeitos do
coronavírus na economia. Outra dimensão que fica latente em meio à crise é que
Estados fortes com sistemas de saúde e de proteção social mais consolidados
terão maior chance de passar pela tempestade. O mercado, neste momento, observa
com atenção que o Estado desempenhe seu papel.
A pandemia de Covid-19 já atinge mais de 150 países e, nesse contexto,
tem suscitado diferentes medidas para a contenção dos efeitos na população
socialmente mais vulnerável e na economia. Governantes de países mundo afora,
independente da orientação econômica e de regimes políticos, deixaram de lado
preceitos neoliberais e de austeridade fiscal, e compreenderam que só com
investimentos e políticas públicas ágeis, eficientes e customizadas poderão
lograr êxito.
São diversas áreas e modalidades de políticas públicas adotadas até o
momento. Trazemos aqui uma breve sistematização destas políticas adotadas na
Europa, EUA e América Latina, que passam pela moratória de hipotecas
imobiliárias, adiamento do pagamento de tributos, facilitação do crédito a
empresas e apoio financeiro a cidadãos em situação de pobreza. No levantamento
realizado, não se identificou nenhuma proposta de flexibilização de leis
trabalhistas ou diminuição de salários, seja no setor público ou privado. Ao
contrário, as medidas vão no sentido de manutenção dos empregos, da renda e de
auxílio aos mais vulneráveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário