quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

No total, 12 dos 15 vereadores da cidade de Foz do Iguaçu foram presos por serem beneficiados com repasse mensal de valores além de cargos comissionados na prefeitura

Investigações apontam que o dinheiro era pago em troca de apoio político.
Suspeitos são investigados ainda por indicações para cargos na Prefeitura.




Os vereadores de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, presos durante a 5ª fase da Operação Pecúlio, deflagrada nesta quinta-feira (15), recebiam uma espécie de “mensalinho” em troca de apoio na votação de projetos do Executivo, afirma a Polícia Federal. No total, 12 dos 15 vereadores da cidade foram presos durante a ação.
Os parlamentares e outros agentes políticos e empresários também presos na Operação “Nipoti” – uma referência a nepotismo - são investigados ainda por supostas indicações de familiares para serem contratados por empresas da cidade ou ocuparem cargos em comissão na Prefeitura de Foz do Iguaçu.
A existência do “mensalinho” e das indicações para emprego já havia sido indicada por réus da Operação Pecúlio que assinaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
"Nós já detectamos no final da primeira fase da Operação Pecúlio sérios indícios de que vereadores eram beneficiados com repasse mensal de valores. Ou seja, além de cargos comissionados na prefeitura e empregos em empresas terceirizadas, havia o repasse de R$ 10 mil reais alguns vereadores", especificou o procurador da República Alexandre Porciúncula.
"Outros vereadores eram aquinhoados com R$ 5 mil e mais uma diretoria na prefeitura. Tudo isso para que houvesse apoio político ao grupo que estava na prefeitura e para que alguns vereadores de oposição fizessem o que chamamos de 'oposição mitigada', uma oposição não muito aguerrida contra o governo. Isso era o 'mensalinho'", completou.
Segundo a PF, dez vereadores foram presos preventivamente, quando não há prazo definido para que os investigados deixem a prisão, e dois temporariamente por cinco dias, podendo ser a prisão prorrogada por mais cinco dias ou convertida em preventiva. Com as prisões, a sessão desta sexta-feira na Câmara Municipal, que seria a última ordinária do ano, foi adiada por falta de quórum e reconvocada para terça-feira (20).
Foram presos os vereadores:
Beni Rodrigues (PSB) - prisão temporária
Zé Carlos (PMN) - prisão temporária
Anice Gazzaoui (PTN) - prisão preventiva
Darci "DRM" (PTN) - prisão preventiva
Edílio Dall’Agnol (PSC) - prisão preventiva
Fernando Duso (PT) - presidente da Câmara - prisão preventiva
Hermógenes de Oliveira (PSC) - prisão preventiva
Luiz Queiroga (DEM) - prisão preventiva
Marino Garcia (PEN) - prisão preventiva
Coquinho (SD) - prisão preventiva
Paulo Rocha (PMDB) - prisão preventiva
Rudinei Moura (PEN) - prisão preventiva
Fonte: G1 Globo


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