quarta-feira, 30 de maio de 2012

Em tréplica, Júlio Lóssio reafirma críticas ao governo do Estado na área de saúde



Caro Jamildo,

Com o mutirão convocado pelo estado para distorcer os fatos, gostaria de sua atenção para respondermos de maneira didática cada colocação.

Hospital Dom Malan

Ao assumir a Prefeitura em 2009 encontramos a saúde pública na ‘UTI’ sendo um dos principais ‘doentes que agonizava’ há mais de 10 anos: o Hospital Dom Malan.

No dia 1º. de janeiro de 2009 fomos surpreendidos com carta aberta do IMIP alegando que o ex Prefeito Odacy Amorim não havia honrado com os compromissos financeiros contratuais assumidos com a entidade.

Ao avaliar o contrato percebemos uma total falta de planejamento e responsabilidade do ex prefeito, que firmou convênio no valor de R$ 1,5 milhão mas só possuía disponibilidade financeira de seiscentos mil reais, o que tornava o contrato insustentável.

Durante mais de um ano tentamos em vão pactuar com estado parceria para cofinancianento do Hospital Dom Malan, até por ser um hospital regional e, portanto, merecedor de financiamento estadual.

À certa altura, provocado pela imprensa local, o Governador falou: "Se a Prefeitura não der conta o estado dá". Tal afirmação nos permitiu reestadualizar o hospital e mesmo que isso pudesse trazer desgaste político, sabíamos que estávamos diante de uma oportunidade única de trazer o governo estadual de volta à responsabilidade, no cuidado dos serviços de média e de alta complexidade. Assim fizemos e iniciamos um processo de transição com a Secretaria Estadual, que tinha à época como condutor da pasta o vice governador João Lira.

Desde a sua municipalização o hospital enfrentou sérias dificuldades tendo inclusive sido fechado pelo então Prefeito Fernando Bezerra Coelho.

Se de algo me arrependo, foi o de não ter feito este movimento no primeiro dia de governo, pois hoje o Hospital Dom Malan – administrado pelo IMIP – possui um financiamento da ordem de R$ 2,8 milhões e presta em Petrolina, como sempre fez em Recife, um serviço de excelência no atendimento materno infantil, fundamentado nos ensinamentos do Prof. Dr. Fernando Figueira.

Fica a pergunta: se o hospital já era administrado pelo IMIP e o problema era de financiamento, porque o governo estadual não realizou a contrapartida financeira que certamente teria poupado tanto sofrimento à população, já que assim que assumiu trouxe de volta o IMIP?

Por que em outros municípios como Arcoverde e Limoeiro o Estado fez convênio com os municípios para cofinanciamento dos hospitais e em Petrolina não?

Att.
Julio Lossio
Deus abençoe nossa caminhada

Nenhum comentário:

Postar um comentário