Além de ver de perto os problemas
nas obras da ferrovia Transnordestina, a presidente Dilma Rousseff ainda foi
alvo de um protesto de estudantes do Procampo (Programa de Apoio à Formação
Superior em Licenciatura em Educação do Campo), na visita que fez a cidade
pernambucana de Salgueiro. Os estudantes, cerca de 50, protestavam contra a
ausência de repasse de vergas federais do Ministério da Educação (MEC) as instituições
que oferecem o curso. Segundo os estudantes, os repasses não chegam às
universidades da região desde o ano de 2010, e sem verba, as turmas que atendem
em parceria com a AESA/Arcoverde a estudantes das regiões Agreste, Moxotó e
Pajeú, e as da CEVASF, na região do São Francisco, resolveram paralisar temporariamente
suas atividades quando foram surpreendidos com um ofício do Governo Federal
informando que não há previsão orçamentária para as ações das licenciaturas.
“Na Educação pró campo /
plantamos sonhos reais / que nasceram tão saudáveis / irrigados de ideais. /
Mas a “seca” dom sumiço, / da falta de compromisso / põe por terra o que
sonhamos. / Porque o MEC em descaso / faz do curso, pouco caso / arrancando o
que plantamos”.
Os versos em tom de protesto do
aluno Fernando Marques simboliza bem a angustia e a decepção dos envolvidos no
projeto com o Governo Federal. Eles esperam que o MEC/SECAD/FNDE revejam com
urgência a situação e cumpram o que estava previsto, tanto no edital, quanto
nos convênios firmados com as duas Instituições, garantindo assim o total
financiamento ás ações e o direito a gratuidade nos cursos de Licenciatura
Plena em Educação do Campo.
Os manifestantes não conseguiram
falar com a presidente Dilma mas foram abordados por assessores da comitiva
presidencial, que receberam o texto e prometeram entrega-lo à presidente.
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