Estudante portava identidade com assinatura digital e foi barrado por fiscais
O advogado do adolescente Rafael Freitas Azevedo, impedido de realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no último sábado, vai exigir que o estudante realize uma nova prova ainda este ano. O candidato, de 17 anos, portava uma carteira de identidade com assinatura digital e foi barrado após fiscais alegarem que o documento se tratava de uma cópia, inválida para participar do certame. Em contato com o FolhaPE, Edson Cremonini, representante do garoto, informou que as medidas judiciais para que sejam resguardados os direitos do cliente serão tomados ainda nessa semana.
Candidato, junto com familiares, foram até Prazeres, onde prestaram uma queixa sobre o ocorrido
“Estudamos o caso e podemos dizer com segurança que se trata de um caso
de arbitrariedade, acompanhado de absoluto despreparo do fiscal. Por
este motivo, as medidas judiciais serão tomadas ainda nessa semana.
Iremos restabelecer direito do candidato de realizar a prova do Enem”,
explica o advogado. “Ele portava um documento original legítimo,
conforme manda o edital. Foi uma interpretação errônea do fiscal”. Além
de solicitar um novo exame para Rafael, familiares do garoto exigem o
pagamento de indenização por danos morais, visto que o estudante teria
sido alvo de constrangimento.
Segundo informações ainda não confirmadas pelo advogado Edson Cremonini,
a ação deve ser ingressada na Justiça Federal, uma vez que o Enem é
organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep),
entidade que é vinculada ao Ministério da Educação, do Governo Federal.
“Assim que novas medidas sobre o caso forem tomadas nós divulgaremos à
imprensa”. Caso seja necessário, o Ministério Público poderá ser
acionado para que também acompanhe o assunto.
Um pedido de explicação foi encaminhado aos responsáveis, ainda no
sábado, pelo impedimento do jovem realizar a prova. No entanto, segundo
informações, os fiscais teriam se negado a receber a solicitação e que o
ocorrido seria relatado em ata. O documento deverá ser encaminho ao
Inep, que é o responsável por analisar o assunto. Procurada para
comentar de quem seria a responsabilidade sobre os fiscais, a Faculdade
dos Guararapes, local onde Rafael deveria realizar a prova, disse que os
profissionais são contratados pelo Inep.
Expedida pela Secretaria de Segurança Social do Estado da Bahia, há
pouco mais de dois anos, a carteira de identidade utilizada pelo
estudante Rafael Freitas Azevedo, de 17 anos, não teria sido considerada
válida pelos fiscais de prova. Segundo informações do candidato, os
monitores alegaram que o adolescente portava uma cópia da identidade,
mesmo que autenticada, quando o correto seria a original. O garoto ainda
tentou argumentar que tratava-se de um documento com assinatura
digital, sem sucesso. O menino, junto com familiares, foram até a
Delegacia de Prazeres, onde prestaram uma queixa sobre o ocorrido.
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