Um levantamento feito pela Associação do Ministério Público de
Pernambuco revela que 19 promotores do estado estão sob escolta da
Polícia Militar porque estão ameaçados de morte diante dos feitos nas
comarcas em diversos municípios pernambucanos. As situações mais graves
estão no interior do estado. Já no âmbito da Justiça, também no estado,
dois magistrados vivem sob forte proteção policial por estarem marcados
para morrer.
Por motivos de segurança, a associação mantém os nomes dos
profissionais em sigilo. Nos últimos 10 anos, esse é o segundo promotor
assassinado em Pernambuco em condições semelhantes relacionadas ao
desempenho profissional. Em maio de 2005, o promotor Rossini Alves Couto
foi morto em Cupira. Na época, ele havia entregue documentos à Polícia
Federal que revelavam um esquema de desvio de dinheiro público nas
cidades de Agrestina, Panelas, Cupira e Lagoa dos Gatos. Os culpados,
entre eles um ex-policial militar, foram condenados.
Segundo Vladimir Acioli, presidente da associação, Thiago Faria
Soares, 36, morto nessa segunda-feira, em Itaíba, no Agreste, não
pertencia à lista de ameaçados e estava muito feliz com a chegada do
casamento e com a transferência de comarca. “Hoje há uma série de
requisitos legais para a solicitação da escolta. Defendemos uma ampla
política de segurança para promotores do país inteiro. O Conselho
Nacional do Ministério Público tem ânsia na fixação de metas e
cumprimento de prazos, mas falha na segurança pessoal do profissional”,
afirmou Vladimir.
Leia matéria completa na edição impressa do Diario de Pernambuco desta terça-feira.
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