celebração dos 10 anos do Bolsa-Família, que será uma das
marcas mais fortes da campanha eleitoral em 2014, a solenidade de ontem
no Museu da República, em Brasília, serviu para que a presidente Dilma
Rousseff e o antecessor no Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva,
desferissem ataques à oposição. A presidente afirmou que os críticos ao
programa são movidos por “um ódio anacrônico e obscurantista”. Segundo
ela, o programa dá poder ao cidadão, especialmente às mulheres. “Não
podemos fazer política sem pensar nos resultados para a vida das
pessoas. Isso fez com que mudássemos a política social no país, com a
transferência direta de renda, dinheiro na veia dos cidadãos. Unificamos
os programas sociais e varremos as políticas clientelistas centenárias.
Com o cadastro único, aderimos a uma série de práticas republicanas e
colocamos o aparato do Estado ao lado do cidadão, sem criar uma prática
da subordinação do cidadão ao Estado. O cartão magnético rompeu com uma
prática assistencialista de baixa efetividade e vigência próxima à
eleição”, disse Dilma. Lula lembrou os adjetivos usados por opositores, que chegaram a chamar a
proposta de “bolsa esmola” e “bolsa vagabundagem”. “Se eu tivesse que
voltar no tempo, com a experiência que tenho hoje, começaria novamente o
meu governo pelo combate à fome e à desigualdade”, assinalou o petista,
para uma plateia repleta de autoridades, entre as quais ministros,
governadores e parlamentares. O ex-presidente ainda
reclamou daqueles que se queixam da falta de portas de saída no
Bolsa-Família. “É um programa que acaba de completar 10 anos em um país
em que a injustiça passa dos cinco séculos”, ressaltou. “As pessoas se
incomodam porque os pobres estão recebendo R$ 70, R$ 100 e R$ 150, mas
não percebem que o que está acontecendo é uma mudança na mentalidade do
Brasil”, destacou Lula.
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