Foto: Divulgação
Débora Duque
No Jornal do Commercio desta quinta-feira, 15.
Em seu primeiro ano de gestão, o prefeito eleito Geraldo Julio (PSB)
terá mais autonomia do que seu antecessor para mexer no orçamento
municipal sem a autorização da Câmara do Recife. Isso porque os atuais
vereadores irão aprovar um crédito suplementar de 15% para o Poder
Executivo, em 2013. O índice, que nos últimos quatro anos estava fixado
em 10%, corresponde justamente ao limite dos recursos que podem ser
alterados nos termos fixados pela Lei Orçamentária Anual (LOA).
A ampliação da margem foi acertada pelos vereadores, nesta quarta-feira
(14), na reunião da Comissão de Finanças. O vereador Carlos Gueiros
(PTB), presidente do colegiado, defendeu que o percentual de 15% –
sugerido pelo prefeito João da Costa (PT) mas não aprovado para o
orçamento de 2012 – fosse acatado agora para conferir maior “liberdade”
ao futuro gestor, que não participa do processo de elaboração do plano
orçamentário.
No ano passado, porém, o petebista foi um dos que advogaram a tese de
que o índice da manobra orçamentária do Executivo deveria ser reduzido
de 10% para 7%, de forma a não “minimizar” o papel da Câmara nas
decisões administrativas. A lei estima que, em 2013, Geraldo Julio
contará um orçamento de R$ 4,2 bilhões, o que representa um acréscimo de
R$ 800 milhões em relação ao ano atual.
“Quando o PT ganhou a eleição, em 2000, defendi que o percentual do
crédito não fosse reduzido, mesmo sendo da oposição. Para manter
coerência com minha posição, acho que precisamos dar um crédito de
confiança ao novo prefeito já que ele terá que lidar com uma peça
orçamentária que não foi ele que planejou. Agora, no segundo ano de
gestão, podemos voltar para os 10%”, argumentou Gueiros.
A sugestão de subir o índice de 10% para 15% foi aceita pelos oito
vereadores presentes da reunião e será incorporada ao relatório da
Comissão que deverá ser avalizado pelo plenário da Câmara até o dia 28. O
percentual do orçamento que poderá ser alterado exclui os recursos já
previstos para as áreas de Saúde e Educação.
Outro ponto da LOA que mereceu destaque foi a emenda apresentada pelo
vereador Múcio Magalhães (PT). Assim como aconteceu nos últimos dois
anos, o petista quer criar uma reserva financeira de R$ 50 milhões para
ser destinada aos reajustes salariais dos servidores municipais. A
proposta, mais uma vez, foi rejeitada pelo secretário municipal de
Finanças, Petrônio Magalhães.
Postado por Gilvandro Filho
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